CARACTERÍSTICAS DOS ANFÍBIOS PERERECAS RÃS SAPOS
 
 
 

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INFORMAÇÕES:

RÃ-TOURO-GIGANTE
Lithobates catesbeianus (Shaw, 1802), 
Anteriormente era denominada Rana catesbeiana


Foto: Germano Woehl Jr. 
Exemplar jovem encontrado na natureza, numa lagoa de procriação junto com as anfíbios nativos.
Local:  Jaraguá do Sul, SC - Coordenadas Geográficas: S 26o 31’ 16.6’’ W 49o 06’ 14.9’’ 
Data: 10/02/2007

RÃ-TOURO-GIGANTE - Espécie invasora: um dos mais graves problemas de contaminação biológica no Brasil

Pelos motivos que explicamos abaixo, abrimos uma grande exceção e incluímos aqui a RÃ-TOURO-GIGANTE (Lithobates catesbeianus), que é não é da fauna brasileira.

A RÃ-TOURO-GIGANTE (Lithobates catesbeianus) foi introduzida no Brasil no ano de 1935 através da importação de exemplares vindos dos Estados Unidos.

Com a ilusão de lucro fácil esta espécie foi espalhada por todo o País, mas o baixo consumo e o alto custo de produção decepcionaram muitos criadores, que perderam muito dinheiro com o fracasso do negócio.

O consumo da carne de rã é muito restrito no Brasil não apenas por ser muito cara, mas também por uma questão cultural, pois os brasileiros, em geral, têm muito nojo de consumir este tipo de carne.

Com o abandono da atividade, as rãs foram soltas na natureza. Para agravar o problema, muitos criadores irresponsáveis distribuíram (comercializaram, com a promessa de lucros fáceis) as rãs, tanto na fase de girino como adultas, para agricultores soltarem em suas propriedades (com tanques de peixe), como se fosse alevinos. Isso ocorreu em Corupá (SC) e em muitos outros municípios catarinenses.

O resultado disso é que a rã-touro-gigante tornou-se uma das maiores pragas no Brasil. É considerada um dos maiores problemas de contaminação biológica no País e está causando danos gravíssimos a nossa fauna (perda de biodiversidade). Estudos científicos mostram que sua dieta consta de mais de 600 espécies de outros bichos, dentre os quais estão incluídos nossos anfíbios e até filhotes de aves (aquáticas). Há relatos de ela devorar até aves adultas, como o Jaçanã (marrequinha-asa-de-seda).

Enfim, seu apetite é tão voraz que ela devora qualquer bicho com até a metade de seu tamanho. Por exemplo, se ela atingir 20 cm, pode engolir outros animais, incluindo indivíduos da própria espécie, com até 10 cm.

O IBAMA já vem se preocupando com o problema. Lembrando que o criador que for flagrado (ou descoberto por meio de provas) soltando estas rãs na natureza responderá por crime ambiental (dá multa e prisão).


SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO:

A invasão das espécies exóticas
Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO, 23 de julho de 2006
http://www.estado.com.br/editorias/2006/07/23/ger-1.93.7.20060723.1.1.xml




 
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