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INFORMAÇÕES:

ANTA - Lowland Tapir, South American Tapir, Brazilian Tapir
Tapirus terrestris


Foto: Germano Woehl Junior
Local:  Zôo de Pomerode - Santa Catarina
Data: Fevereiro 2004

Ameaças
É o maior mamífero terrestre da fauna brasileira, podendo atingir dois metros de comprimento, por um metro de altura e pesar até 300 quilos. Machos e fêmeas não apresentam diferenças. Os filhotes apresentam faixas longitudinais de manchas brancas que os camuflam por entre a vegetação. Estas desaparecem ao completarem seis meses de idade, ficando igual ao animal adulto. A fêmea possui duas mamas. 

Alimentação
É herbívoro. Com seu olfato apurado procura sua comida no chão da floresta: frutos silvestres, tais como os da guabiroba, do araçá, do coquinho jerivá, palmito entre outros, sendo um excelente dispersor das sementes dessas árvores. Alimenta-se ainda de folhas novas, ramos e extremidades dos galhos finos de algumas plantas como, por exemplo, embaúba e jacatirão jovens, baga-de-tangará (ou casca de anta, Psychotrya nuda), pagoda (Aphelandra mirabilis) e de raízes. Por ser um animal de grande porte, a anta necessita de grandes áreas para achar sua comida, razão pela qual foi extinta em quase todas as regiões do Estado. 

A anta não pode pastar muito só uma espécie de planta. Desta forma, ela não prejudica a espécie - não extermina. Ela pasta somente um pouco de cada espécie de planta para não correr o risco de ser envenenada. Algumas plantas são tóxicas - para se defender de predadores - e se a anta comer uma grande quantidade pode ter ficar intoxicada.

Por isso a anta só consegue viver em áreas bem preservadas de Mata Atlântica (com grande diversidade de plantas). As matas secundárias são pobres em espécies e algumas colonizam (predomina uma grande quantidade de poucas espécies) e não deixam outras plantas se desenvolverem. Se uma determinada planta muito abundante for tóxica, a anta se obriga a se alimentar só desta espécie tóxica e pode morrer envenenada.

Um problema muito grave é causado pela planta invasora lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) que foi introduzida no Brasil (é nativa da Ásia tropical) como planta ornamental nos jardins e se espalhou para a natureza, tornando-se uma das maiores pragas e de difícil erradicação. Esta planta coloniza extensas áreas tirando espaço da diversidade de plantas e pode ser tóxico para os mamíferos herbívoros, como a anta.

Reprodução
Ocorrendo a cada dois anos, a gestação dura entre 390-400 dias. Após esse período, nasce apenas um filhote, com o pêlo cheio de manchas e riscas brancas, que permanece junto da mãe de seis a oito meses. 

Observações
Como a maioria dos mamíferos, é animal de hábitos noturnos. A presença da anta em seu ambiente natural é evidenciada pela trilha que deixa na mata quando caminha e pelas marcas das pegadas. Ao sentir-se em perigo quase sempre procura refugiar-se dentro da água; às vezes, fica quieta entre a vegetação. Vivem em casais e quando o filhote nasce, permanece junto dos pais por um longo período. As onças são seus principais inimigos naturais.

Destruição das florestas e caça predatória. A anta foi exterminada em quase todo o Estado de SC. Atualmente sobrevivem alguns exemplares nas áreas bem preservadas no alto da serra do Mar, em Corupá, Joinville, Campo Alegre, Schroeder e S. Bento do Sul; em Mafra, também vive um pequeno grupo isolado. Nossa região é uma das poucas que ainda têm antas. Mas a situação delas é extremamente crítica: além do confinamento nos poucos fragmentos de floresta que restaram, os caçadores estão determinados a matar até o último exemplar.
 
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