MORCEGO-FRUTEIRO - leaf-nosed bat Sturnira lilium (É. Geoffroy, 1810)
Classe: Mammalia Infraclasse: Placentalia Ordem: Chiroptera Subordem: Microchiroptera Superfamília: Noctilionoidea Família: Phyllostomidae Subfamília: Stenodermatinae
Foto: Germano Woehl Junior Local: RPPN Santuário Rã-bugio - Guaramirim - Santa Catarina Data: 26/12/2013
Características Popularmente, morcegos do gênero Sturnira costumam ser chamados de Morcegos-de-ombro-amarelo, graças à coloração característica de seus ombros. As glândulas presentes em seus ombros liberam odores característicos, provavelmente associados à feromônios sexuais. Quando comparado à outros morcegos de sua família, Sturnira lilium parece ser particularmente mais resistente à climas frios, mas as causas para essa tolerância ainda não são conhecidas.
Alimentação Morcegos da subfamília Stenodermatinae, incluindo Sturnira lilium, são importantes dispersores de sementes, graças ao seu hábito alimentar quase que exclusivamente frugívoro. ]Mello (2006) listou 28 famílias e 83 espécies de plantas na dieta de Sturnira lilium, com base na literatura e seu próprio estudo. Dentre estas, destaca-se a forte preferência destes morcegos aos frutos de Solanáceas, e em menor grau, aos frutos de Piperáceas, Urticáceas, Bombanáceas e Moráceas.
Parasitas Morcegos costumam ser parasitados por diversas espécies de insetos. Muitas vezes, a relação é tão forte que algumas espécies de insetos são encontradas exclusivamente em determinada espécie de morcego. Dentre os parasitas já encontrados em Sturnira lilium, destacam-se Aspidoptera falcata, Megistopoda proxima, Trichobius, entre outros.
Distribuição Estudos recentes[3] vêm demonstrando que a espécie é restrita à região central, sudeste e sul da América do Sul, incluindo os biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal, Pampa e Chaco, bem como algumas áreas da Amazônia.
Por muito tempo, acreditou-se que a distribuição da espécie englobava também o norte da América do sul e a América Central, mas Velazco e Patterson,[3] em um abrangente estudo, mostraram que indivíduos destas regiões pertencem à outras espécies do gênero Sturnira, algumas delas ainda não descritas. Ecologia
Referências Simmons, N.B. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), eds. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 312–529. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494
Velazco, Paúl., Patterson, Bruce. (2013). «Diversification of the Yellow-shouldered bats, Genus Sturnira (Chiroptera, Phyllostomidae), in the New World tropics». Molecular Phylogenetics and Evolution
Mello, Marco Aurelio Ribeiro de (2006). «Interações entre o morcego Sturnira lilium (Chiroptera: Phyllostomidae) e plantas da família Solanaceae». Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Consultado em 5 de abril de 2020
Outras informações Phyllostomidae é uma família de morcegos encontrada em regiões tropicais e subtropicais das Américas, que se caracteriza por possuir folha nasal. Este apêndice pode ser lanciforme ou ovalado. A folha nasal auxilia na emissão de ultra-sons usados no sistema de ecolocalização destes morcegos. O grupo é o segundo em número de espécies na ordem Chiroptera e agrupa 55 gêneros e 160 espécies, incluindo os morcegos conhecidos como vampiros. A família Phyllostomidae é tradicionalmente dividida em 6 subfamílias: Phyllostominae, Phyllonycterinae, Glossophaginae, Carolliinae, Stenodermatinae e Desmodontinae . Contudo, novos estudos de filogenia molecular propõe que as subfamílias Phyllostominae e Carolliinae são na verdade polifiléticas e precisam ser subdividas. É a família de morcegos mais numerosa no território brasileiro, com pelo menos 90 espécies. É também a família de mamíferos com a maior diversidade de hábitos alimentares no mundo5 . Os morcegos filostomídeos participam de todos as funções e serviços ecossistêmicos nas quais morcegos em geral estão envolvidos, desde a dispersão de sementes até a predação de insetos.
Agradecemos ao Caio Feltrin pela ajuda na identificação |