Foto: Germano Woehl Junior Local: Serra do Mar - Joinville, Santa Catarina
Tamanho: 67 mm (macho)
Estratégia de reprodução Desova em áreas de banhados, em pequenas poças; os ovos são envolvidos por esferas de gel e depositados na superfície da água; os girinos se desenvolvem dentro dessas poças.
É uma espécie muito ameaçada devido à destruição dos banhados, por drenagem ou implantação de grandes lagoas destinadas à criação de peixes. Em Joinville, no alto da serra do Mar, testemunhamos as consequências graves para esta e outras espécies, decorrentes da destruição de um local de procriação, uma imensa área de banhado. A desova estava ocorrendo em buracos feitos pelas pegadas do gado, às margens de uma represa recém construída que provocou a destruição desse banhado. A tendência é aquela população sofrer um forte declínio e a espécie ser completamente exterminada desse lugar, pois além do desenvolvimento dos girinos não estar garantido (pisoteio do gado, drenagem muito rápida, dentre outros problemas), ficam muito expostas, facilitando a ação de predadores (corujas, morcegos, mão-pelada, gato-do-mato, cachorro-do-mato, quati, entre outros).
O coaxar individual da perereca-da-serra-mar é inaudível numa distância superior a 5 metros, sendo um dos mais baixos de todas as espécies de anfíbios anuros da região norte de Santa Catarina; quando coaxam em coro, o som pode ser ouvido a distâncias maiores.
Distribuição geográfica Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.