VER GALERIA DE FOTOS

 
 

INFORMAÇÕES:

CORREDEIRA-CARENADA
Thamnodynastes hypoconia

Order: Squamata
Suborder: Serpentes
Superfamilia: Colubroidea
Familia: Colubridae - Colubrids
Subfamilia: Dipsadinae
 

Foto: Germano Woehl Junior
Local: RPPN Corredeiras do Rio Itajai - Itaiópolis (SC)
Data: 10/12/2010


As serpentes do gênero Thamnodynastes são de pequeno porte, vivíparas, opistóglifas, pupila vertical elíptica que se alimentam de anfíbios, lagartos e roedores (Diaz et al 2004). São encontradas desde 10ºN na Colômbia (Pérez-Santos & Moreno 1989) até 37ºS na Argentina (Bellagamba & Veja 1996).

Características
O termo “carenada” no nome popular é por causa da quilha (saliência) ao longo das laterais do corpo. É uma espécie de pequeno porte, atingindo 70 cm de comprimento total, que possui o corpo bastante delgado  A cauda representa entre 20 a 29 % do comprimento total. Possui dentição opistoglifodonte(*) e sua peçonha causa um pequeno inchaço (edema) e dor no local da mordida (Achaval & Olmos, 2003; obs. pessoal). Quando ameaçada, costuma achatar o corpo dorso-ventralmente e desferir mordidas.

Alimentação
A dieta de T. hypoconia é principalmente anurófaga, mas ocasionalmente, preda lagartos para compor sua dieta.

Reprodução
É vivípara (não põe ovos como a maioria das serpentes), com ninhadas compostas por 4 a 12 filhotes (Achaval & Olmos, 2003). O ciclo reprodutivo das fêmeas é sazonal, com vitelogênese secundária ocorrendo entre o inverno e a primavera. Os machos apresentaram ciclo contínuo. Aparentemente a cópula ocorre entre o final da primavera e o início do verão, quando foram detectados embriões nas fêmeas e a parturição ocorreu no verão.

Distribuição geográfica
Endêmica para a América do Sul, no qual ocorre no nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (Franco, 1999, Giraudo, 2001). É uma serpente típica da Mata Atlântica e dos Pampas Gaúchos (campos naturais, ecossistema predominante no Rio Grande do Sul e países confrontantes que caracterizam-se pela presença de uma vegetação rasteira, gramíneas, e pequenos arbustos distantes uns dos outros).


Referências
BELLAGAMBA, P. J. & VEGA, L. E. 1996. Geographic Distrubution. Thamnodynastes hypoconia (cateye Coluber). Argentina: Buenos Aires. Herpetological Review 27:3

DIAZ, F.; NAVARRETE, L.F.; PEFAURI, J. & RODRIGUEZ-ACOSTA, A. 2004. Envenomation by neotropical opistoglyphus colubrid Thamnodynastes cf. pallidus Linné, 1758 (Serpentes:Colubridae) in Venezuela. Ver. Inst. Méd. trop. S. Paulo 46(5): 287-290.

PÉREZ-SANTOS, C. & MORENO, A. G. 1989. Uma nueva espécie de Thamnodynastes (
Serpentes:Colubridae) en el norte de Colômbia. Bolletino del Museo Regionale di Scienze Naturali, Torino 7: 1-9. 


AGRADECIMENTOS:
Agradecemos ao geógrafo Marco Antonio de Freitas por ter gentilmente identificado esta espécie. O Prof. Marco é Funcionário do ICMBio (órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente) e herpetólogo. É autor dos seguintes livros sobre serpentes:

1. Serpentes Brasileiras, 160 páginas, 320 fotos coloridas, Ed Malha-de-sapo-publicações e consultoria ambiental, Lauro de Freitas,Bahia,2003.

2. Serpentes da Bahia e do Brasil, 80 páginas, 106 fotos coloridas, Ed DALL, Feira de Santana, Bahia.

3. Guia de Répteis da Região metropolitana de Salvador e Litoral Norte da Bahia,72 páginas, 80 fotos coloridas, Ed Malha-de-sapo-publicações e consultoria ambiental, Salvador, Bahia

Parte das informações sobre os répteis que estão em nosso site foram extraídas de seus livros. Para maiores informações sobre as serpentes aqui retratadas, sugerimos a consulta desses livros