MARIA-FACEIRA Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824)
Família: Ardeidae Nome em Inglês: Whistling Heron
Foto: Germano Woehl Junior Local: Bairro Lucena - Itaiópolis- SC Data: 25/12/2009
Características Enquanto a maioria das garças voa com o pescoço dobrado em “S” a maria-faceira costuma voar com o pescoço esticado. Simplesmente inconfundível. É a única garça brasileira com este padrão de coloração. O nome comum está ligado às cores espetaculares da cabeça: face azul-clara, coroa e crista acinzentadas e bico róseo com mancha azul-violeta na ponta. A plumagem da garganta, pescoço e partes inferiores é amarelada, enquanto o dorso é cinza-claro. As cores do juvenil são mais esmaecidas, mas, fora isso, é idêntico aos adultos.
Alimentação Passa a maior parte do tempo no solo, andando a procura de insetos. Quando em regiões alagadas nunca se aventura em águas profundas, preferindo as margens alagadas, ricas em vegetação, onde se alimenta não só de insetos, mas também de anfíbios, pequenos roedores e peixes como o Synbranchus marmoratus (Muçum) e Gymnotus carapo (Tuvira), ambos adaptados a águas barrentas. É uma das primeiras aves a aparecer quando o solo é arado e apanha avidamente minhocas e outros invertebrados removidos pelas máquinas.
Reprodução Apesar de viver a maior parte do tempo no solo esta ave constrói o ninho em árvores. O material básico para a construção do ninho são gravetos dispostos de forma pouco organizada. Os casais permanecem juntos a maior parte do tempo, mantendo contato em vôo com um chamado especial.
Hábitos No final da tarde, desloca-se para dormir pousada em árvores altas, geralmente em terreno seco. No início da manhã seguinte retorna ao local de alimentação, onde permanece no solo a maior parte do tempo, caçando os insetos em caminhadas lentas. Sua batida de asas é muito característica, por ser de baixa amplitude e alta velocidade, dando a impressão que voa somente com o deslocamento da ponta extrema da asa. Ave de aspecto e comportamento singulares. É a única garça originalmente brasileira que vive tanto em locais alagados quanto em locais secos, estando presente até mesmo em áreas de caatinga. Costuma viver sozinha ou aos pares em territórios fixos.
Distribuição geográfica Ocorre da Venezuela e Colômbia ao Paraguai, Bolívia e Argentina. No Brasil, é encontrada nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Subespécies Existem duas subespécies:
Syrigma sibilatrix sibilatrix (Temminck, 1824) - ocorre ao sul da América do Sul, planícies alagadas da Bolívia, Paraguai, centro, sudeste e sul do Brasil e nordeste da Argentina.
Syrigma sibilatrix fostersmithi (Friedmann, 1949) - ocorre no norte da América do Sul, Leste da Colômbia e Venezuela.
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