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LAGARTA - TATURANA
Lonomia obliqua


Foto: Germano Woehl Jr.
Local da foto principal: RPPN Corredeiras do Rio Itajaí - Itaiópolis - SC
Data: 22/01/2009

É conhecida como lagarta (ou taturana) assassina por causa dos acidentes que provoca. Isso ocorreu devido aos desequilíbrios ambientais decorrentes dos desmatamentos e extermínio dos inimigos naturais das lagartas (aves, lagarto-teiú, sapos etc.) que fizeram com que sua população aumentasse muitos nos centros urbanos (em chácaras e parques principalmente), o que foi facilitado, e muito, pela plantio de árvores exóticas (frutíferas e para paisagismo),  que não tem defesa contra o ataque de lagartas (já as plantas nativas têm), garantindo uma fonte abundante de alimento. Porém, esta fama toda de "lagarta assassina" não se justifica mais. Pois nenhum óbito foi registrado desde 1994, quando foi desenvolvido um antídoto. Contudo, nunca deve-se tocar numa lagarta, aliás, em nenhum outro animal silvestre.

Para saber mais sobre esta lagarta leiam este interessante artigo publicado pela revista CIÊNCIA HOJE. Recomendamos que acessem o link para ver também as fotos.

ARTIGO CIÊNCIA HOJE
Ciência Hoje on-line19/02/03, por Gisele Lopes
http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2376 

População de taturanas aumenta com desmatamento

Perda do hábitat natural e extinção de predadores estariam por trás do fenômeno

O desmatamento é o principal responsável pelo aumento populacional da Lonomia obliqua. A conclusão é do pesquisador Roberto Henrique Pinto Moraes, do Instituto Butantan de São Paulo, que verificou que a perda do hábitat natural e a possível extinção dos predadores são as razões para o crescimento do número de taturanas na cidade. Portanto, essas causas estão associadas também às centenas de acidentes com a lagarta, que vêm ocorrendo há mais de dez anos, sobretudo no sul do Brasil. Em contato com a pele humana, o inseto libera por meio de suas cerdas um veneno que provoca hemorragias e pode levar à morte. A L. obliqua pertence à ordem Lepidoptera (que inclui borboletas e mariposas) e se alimenta preferencialmente de folhas de grandes árvores como cedro e aroeira. Ela vive em comunidades de 80 a 100 animais, que durante o dia ficam agrupados em forma de 'tapete'. Os acidentes com a taturana começaram a ocorrer quando a expansão de plantações e casas desalojou o inseto, que passou a viver nos pomares -- nessas árvores baixas, ele fica numa altura próxima à dos seres humanos. Como agravante, nos últimos estágios larvais a lagarta apresenta cor marrom na pele e verde-musgo nas cerdas, o que dificulta sua visualização. 

A extinção de certos inimigos naturais da taturana piora o problema. Roberto identificou pelo menos cinco predadores (três insetos, um verme e um vírus), mas acha que provavelmente existiram outros, entre aves e mamíferos. "A L. obliqua possui cerdas pontiagudas para proteção", explica. "Elas teriam utilidade contra algum animal que morda ou bique, mas não contra os predadores encontrados."

Alguns inimigos existentes também estão ameaçados. Os agrotóxicos usados nas plantações contra as pragas atingem predadores da taturana -- como uma mosca da família Tachinidae e uma vespa da família Icheneumonidae, que depositam seus ovos sobre a lagarta para que as larvas se alimentem de seu corpo. Outro inseto que pode ser afetado é um percevejo da família Pentatomidae, que mata a taturana ao se alimentar de seus líquidos.
 
Há ainda um verme da família Mermitidae, observado uma única vez parasitando a taturana. Por fim, um outro predador, o vírus loobMNPV, deixa as lagartas com aparência amarelada e movimentos lentos e, em apenas uma semana, é capaz de dizimar toda uma colônia. 

Embora as taturanas ainda causem acidentes graves, nenhum óbito foi registrado desde a invenção em 1994 do soro anti-lonômico -- único tratamento para o veneno da L. obliqua. Mas Roberto acredita que o melhor remédio é a conscientização da população. Nos locais mais afetados, as pessoas estão aprendendo a identificar a lagarta e, sobretudo, a evitar seu extermínio. "Isso acarretaria grande desequilíbrio ecológico, pois a espécie pode ser polinizadora quando adulta", explica. "E sem ela não podemos fazer o soro." Para o pesquisador, o desenvolvimento de um inseticida à base do vírus loobMNPV -- nocivo só às taturanas -- poderia ser a melhor solução para o controle desses insetos.

 
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