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INFORMAÇÕES:

JARARACUÇU na trilha de Educação Ambiental
Bothrops jararacussu

Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Viperidae
Subfamília: Crotalinae

FOTOGRAFADA NA NATUREZA

Foto: Germano Woehl Junior
Local: RPPN Santuário Rã-bugio - Guaramirim, SC
Data: 30/01/2023

Descrição
Pode atingir mais de 2 m de comprimento. Possui dentes anteriores ocos (peçonhenta). 

Ecologia
Terrestre, ativa durante o dia e à noite, preferindo matas conservadas e margens de riachos, lagoas e lagoas temporárias, se mostrando muito tímida ao contato com humanos, fugindo rapidamente em seguida. Alimenta-se de ratos, preás, rãs, sapos, pererecas, cuíca, filhotes de gambá, e muitos outros animais que encontra na floresta. É Vivípara, nasce de 12 a 20 filhotes. 

Nota do Autor: (Germano Woehl Jr.):
Meu primeiro encontro com uma jararacuçu foi uma experiência inesquecível. Eu estava nas bordas de uma lagoa temporária, no meio da uma floresta bem preservada, em Guaramirim, SC. 

Pretendia fotografar uma rãzinha (rã-bugio, Physalaemus olfersi) mas ela tinha saltado (fugido) para algum lugar e, como ela fica camuflada nas folhas secas do chão da floresta (serapilheira), comecei a engatinhar à sua procura nas proximidades, tateando as folhas secas. De repente, quase encostei meu nariz no focinho de um belíssimo exemplar de jararacuçu, enorme, que eu nunca tinha visto antes (a jararacuçu não ocorre em Itaiópolis, SC, planalto norte catarinense, onde nasci e vivi até o final de minha adolescência). 

Ela estava na mesma posição mostrada nesta Foto . O susto foi enorme – para ambos – e corremos para lados opostos, um fugindo do outro. Então, mais calmo, fui atrás dela, tentando interceptá-la (para tirar fotos), mas foi em vão: ela fugiu velozmente, como um lagarto-teiú; deu para ouvir o barulho dela (devido ao seu porte robusto) se deslocando pela serapilheira. 

As demais fotos  foram feitas em outras ocasiões, de outros exemplares encontrados, sendo que a primeira delas fugiu da mesma maneira, quando eu tentei me aproximar para tirar a segunda foto, mais de perto. 


Comportamento da cobra Jararacuçu
A jararacuçu desta foto, que está também na foto principal da página, frequentou o entorno da sede da RPPN Santuário Rã-bugio (nossa residência) durante mais de um ano. Certamente foi atraída pelos serelepes que vivem aqui. Nós acabamos testemunhando a captura de um deles (assista aos vídeos abaixo). Ela ficou muito mansa. Não se assustava com nossa presença, ao contrário de nós que levamos muitos sustos, uma vez que ela mudava para locais mais inesperados algumas vezes, nos dando grande sustos nos encontros, quando eu estava desprotegido, só de chinelo de dedo passando por ela e quase esbarrei na cabeça dela umas cinco vezes, pelo menos. Então, decidimos levá-la para outra extremidade da RPPN, mantendo-a no meio da mata preservada no alto do morro, a mais de 300 metros de distância em linha reta, mas é um trajeto que atravessa barrocas e uma área de banhado. Nossa surpresa foi que dois meses depois ela voltou! Passou a frequentar os mesmos locais próximos a nossa residência. É impressionante! Como ela conseguiu localizar novamente nossa casa? Que é local com disposição de presas (comida) os serelepes? Como ela achou o caminho de volta? Sabemos que é a mesma por causa dos desenhos, que são únicos de cada espécie (uma espécie de impressão digital).

Quantas jararacuçus pode ter em uma mata?
Não existe estudos para sabermos quantas jararacuçus adultas podem habitar uma determinada área. Com esta observação deduzimos que relativamente são raras, ou seja, não muitas e facilmente podem ser extintas, porque são mansas, ficam estáticas ao serem avistadas, tornando-se alvos fáceis de alguém que queira matá-las a pauladas. Se tivessem mais jaracuçus adultas habitando a mata da enconsta do morro onde se localiza a RPPN, cerca de 20 hectares, elas também seriam atraíadas pela presença dos serelepes (pelo odor?). Achamos que esta pode ser a única jararacuçu adulta habitando estes 20 hectares. Por ser um predador, achamos a densidade de jararacuçu deve ser baixa (um indivíduo por 20 hectares), parecida com a de outros predadores.

VÍDEOS
Jararacuçu que foi devolvida para a natureza bem próximo do local onde foi capturada (numa área preservada, o que é um absurdo). Ganhou novamente a liberdade graças ao empenho da Elza e da interferência de algumas pessoas, que se sensibilizaram e atenderam o apelo da Elza, para que esta cobra fosse devolvida para natureza e não torturada e morta em algum laboratório ou serpentário de colecionador. Trata-se de uma fêmea e estava grávida. É uma das maiores jararacuçus já vista em Guaramirim (tinha mais de 10 cm de diâmetro), era realmente enorme, conforme você pode notar no vídeo, feito pela Elza no momento da soltura.



Nos dois vídeos abaixo a jaracuçu está engolindo o serelepe




No vídeo abaixo a Jaracuçu já picou o serelepe (injetou o veneneno) e está a sua procura.



JARARACUÇU enorme às margens de uma lagoa temporária na RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC) no início da tarde do dia 17/01/2017.


JARARACUÇU JOVEM que apareceu, ao escurecer, na calçada de nossa residência,
na RPPN Santuário Rã-bugio - Guaramirim (SC), em jan/09

 
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