INTRODUÇÃO
 
 
 
 

INFORMAÇÕES:

CORUJA-ORELHUDA
Asio clamator (Vieillot, 1808)

Outros nomes: coruja-gato (Pernambuco), coruja-listrada e mocho-orelhudo.

Nome em Inglês: Striped Owl

Família: Strigidae


Foto: Germano Woehl Jr
Local: entorno da RPPN Santuário Rã-bugio – Guaramirim SC
Data: 29/12/2021


Características
Coruja de tamanho médio, medindo de 34 a 42 cm (macho) e de 34 a 40 cm (fêmea). O macho pesa de 335 a 553 gramas e a fêmea de 390 a 563 gramas. A asa mede de 228 a 294 milímetros e a cauda de 127 a 165 milímetros.

O juvenil assemelha-se aos adultos, sendo sua coloração ligeiramente mais acinzentada e seu disco facial é mais acanelado.

Possui quatro subespécies:

Asio clamator clamator (Vieillot, 1808) - ocorre da Colômbia até a Venezuela, Leste do Peru e região central do Brasil;
Asio clamator forbesi (Lowery & Dalquest, 1951) - ocorre da região tropical Sul do México até o Panamá.
Asio clamator oberi (E. H. Kelso, 1936) - ocorre nas Ilhas de Trinidad e Tobago no Caribe;
Asio clamator midas (Schlegel, 1862) - ocorre do Leste da Bolívia até o Paraguai, Sul do Brasil, Uruguai e Norte da Argentina.

Alimentação
Alimenta-se de ratos (inclusive dos maiores), morcegos, anfíbios, répteis, insetos grandes e aves. O grande comprimento das garras sugere que preda animais grandes (mais de 200 g) em relação ao seu tamanho.

Reprodução
Período reprodutivo, de agosto a março (na América do Sul).
Faz ninho no chão forrado com poucas gramíneas secas e oculta em meio ao capim, entre ramos e troncos secos, e em ocos de árvore. Uma das poucas corujas que aparentam a intenção de construir um ninho. Põe de 2-4 ovos (normalmente 3), que são chocados por 33 dias. A fêmea praticamente não sai do ninho durante a incubação, sendo alimentada pelo macho. Filhotes são capazes de voar entre o 37º e o 46º dia de vida. Aos 130-140 dias de vida os jovens são expulsos do território pelos pais. Frequentemente apenas um filhote é criado.

Hábitos
Ativa principalmente à noite e no crepúsculo, embora também possa caçar de dia no período reprodutivo. Caça voando baixo e mergulhando sobre a presa ou partindo de um poleiro para capturar a presa no substrato. Pousa em galhos de árvores e arbustos, bem como em mourões de cerca, sinais de trânsito e cabos de eletricidade ou telefônicos. O poleiro diurno pode ser abrigado em meio à folhagem densa de árvores e arbustos ou entre a vegetação no solo. Frequentemente usa palmeiras para o repouso diurno. Considerada uma espécie generalista, que ocupa tanto ambientes de mata quanto áreas abertas ou em estágios iniciais de crescimento secundário. Ocorre em matas tropicais, bordas de mata, matas ciliares, caatinga, cerrados, áreas alagadas, campos de cultivo, clareiras com vegetação herbácea, manchas de mata, e áreas urbanas como o Rio de Janeiro. Aparentemente se beneficia da interferência humana na paisagem.

Distribuição Geográfica
Encontrada em todo o território brasileiro. Encontrada também no sul do México, América Central e América do Sul da Venezuela à Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Do nível do mar até 2000 m de altitude. 

Observações
Foi eletrocutada na rede elétrica nas proximidades da RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim SC
 
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