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INFORMAÇÕES:

BICO-CHATO-DE-ORELHA-PRETA
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825)

Nome em Inglês: Yellow-olive Flycatcher

Superfamília: Tyrannoidea
Família: Rhynchocyclidae
Subfamília: Rhynchocyclinae



Foto: Germano Woehl Junior
Local: RPPN Corredeiras do Rio Itajai – Itaiópolis SC
Data: 10/09/2021


Características
Mede 13-14 cm. Pode-se notar a cor acinzentada da cabeça, onde ressalta-se uma área branca ao redor dos olhos e à frente, até o bico. Na ave adulta, o olho é cinza-claro, característica ótima para identificá-lo (no juvenil, olho marrom).

Alimentação
Os insetos que ocorrem entre a folhagem e ramos são visualizados e então capturados; eventualmente executa voos curtos ou mesmo acrobáticos para apanhar um inseto que foge.

Reprodução
Constrói um dos ninhos mais interessantes, juntando fibras negras de um fungo, Marasmius, encontrado entre as raízes das árvores (as fibras não são trançadas, apesar da aparência). Faz uma bola dependurada, com uma entrada lateral em forma de túnel virado para baixo, mais comprido do que o ninho propriamente dito. Está sempre na ponta de galhos finos e na parte baixa ou média da árvore, normalmente no interior da mata.

Ocasionalmente associa seus ninhos a colônias de insetos sociais (vespas e abelhas), para se beneficiar da agressividade dos insetos e aumentar seu sucesso reprodutivo.

Canta muito próximo ao ninho. Os 2 ou 3 ovos são postos numa câmara situada na parte superior do ninho, sendo a entrada do mesmo na parte inferior, que é alongada e perpendicular ao solo. Geralmente é a fêmea quem se ocupa da incubação dos ovos, embora seja às vezes substituída pelo macho, durante 17 a 19 dias. Os filhotes abandonam o ninho com 22 a 24 dias de vida.

Hábitos
Insetívoro da parte média da mata seca e cerradão, ocasionalmente em manchas mais largas de mata ciliar em área sem inundação. Comum nos ambientes típicos, difícil de ser observado pela camuflagem da cor olivácea do corpo com a folhagem. Pousa em locais expostos (galhos e cipós), mas o comportamento de ficar parado à espera de uma presa passando também dificulta a localização. Depois de visualizado, é fácil de ser seguido, por dar pequenos voos até o próximo poleiro. Territorial, vive solitário ou em casais. É residente o ano todo no mesmo local.

Distribuição Geográfica
Ocorre em todo o Brasil, sendo mais observado nas regiões Sul e Sudeste.

Agradecemos ao ornitólogo e guia de observação de aves Douglas Meyer pela identificação da espécie.
 
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