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INFORMAÇÕES:

GOIABA-DA-SERRA ou GOIABA-SERRANA
Acca sellowiana

Família: Myrtaceae

Sinônimo: Feijoa sellowiana

Outros nomes populares: goiaba-do-mato, goiaba-do-campo, goiaba-ananás


Foto: Germano Woehl Junior
Local: Residência de Isabel Schneider - Bairro Lucena - Itaiópolis (SC), muda oriunda de Lages (SC)
Data: 16/04/2017


Características
É um arbusto ou árvore de pequena dimensão, atingindo entre 1 e 7 metros de altura, que prefere ambientes com bastante sol. O fruto amadurece no outono e é de coloração verde, com o tamanho um pouco menor do que o ovo de galinha e de forma elipsóide e às vezes esférico (ver foto). Tem um sabor azedo, muito parecido com o cambuci (Campomanesia phaea). Nos exemplares nativos, o fruto não tem muita polpa. Esta divide-se numa parte mais gelatinosa, onde estão as sementes, e uma parte mais firme e levemente granulada junto à casca que é bem dura. É muito apreciado pelas aves que perfuram a casca dura dos frutos e raspam a polpa em seu interior.

Descrição da espécie
O botânico alemão Otto Karl Berg nomeou o gênero em honra do naturalista luso-brasileiro João da Silva Feijó (1760-1824). Durante o período em que viveu no Ceará, Feijó foi encarregado pela coroa portuguesa de mandar exemplares da flora nordestina para o Real Jardim Botânico da Prússia, o que, mais tarde, ocasionaria a homenagem.

Distribuição geográfica
Ocorre naturalmente na região de planalto (ecossistema Matas de Araucária) de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ocorre também no leste do Paraguai, Uruguai e norte da Argentina, na Província de Missiones (ecossistema Mata Atlântica de interior).

Domesticação da espécie
O processo de domesticação da goiabeira serrana no Brasil é bem recente. Iniciou-se em 1986 por iniciativa do pesquisador Jean-Pierre Ducroquet, da Empasc (hoje Epagri - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina). Ducroquet conta que seu interesse pela goiabeira serrana começou depois que o professor R. H. Sharpe, da University of Florida, visitou o Brasil e comentou que a goiabeira serrana, nativa do Brasil, estava sendo cultivada em várias partes do mundo inclusive nos Estados Unidos.

Depois de averiguar sobre a fruta nativa, Ducroquet decidiu iniciar uma coleção com os melhores exemplares nativos da região e com alguns acessos melhorados de outros países. Naquela época, através de um concurso regional, adquiriu 10 amostras de frutos das 150 melhores goiabeiras serranas da região. A grande diversidade de acessos foi a base para o trabalho de melhoramento genético que se iniciou no município de Videira (SC) e foi depois transferido para o município de São Joaquim, no planalto serrano catarinense, onde as condições climáticas são mais favoráveis ao desenvolvimento da espécie.

Depois de alguns anos de observação de cada acesso, se fizeram cruzamentos dirigidos de quatro exemplares nativos com dois exemplares melhorados na Nova Zelândia, a cultivar Apollo e a cultivar Unique, todos cruzando entre si seguindo um delineamento dialélico num total de 960 plantas. Só em 2007 foram lançadas duas cultivares comerciais brasileiras, adaptadas às condições climáticas do planalto serrano catarinense, então chamadas Alcântara e a Helena. Em 2008, outras duas cultivares foram lançadas, a Mattos e a Nonante. Tornou-se uma planta bastante popular na Nova Zelândia, onde é cultivada nos jardins.

 
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