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INFORMAÇÕES:

MUÇUM
Synbranchus marmoratus

Classe: Actinopterygii
Ordem: Synbranchiformes
Família: Synbranchidae

Foto: Germano Woehl Junior
Local: entorno da RPPN Santuário Rã-bugio, Guaramirim, SC
Data: jan/2007

O muçum (Synbranchus marmoratus), também chamado muçu, peixe-cobra ou enguia-d'água-doce, é um peixe teleósteo sinbranquiforme, da família dos sinbranquídeos, encontrado em rios, lagos e açudes da América do Sul.

A espécie de peixe chega a medir 1,5 metros. É um predador muito bem adaptado. No processo evolutivo perdeu as nadadeiras, das quais mantém apenas vestígio. É desprovido de escamas, de nadadeiras pares e de bexiga natatória. Sua pele é amarelada nos adultos e secreta grande quantidade de muco, tornam-se extremamente liso, funcionando como estratégia para escapar de predadores.

Vive em tocas e migra de uma lagoa para outra seguindo os cursos d’água. Assim fura todas as lagoas criando muito transtornos para os produtores de arroz irrigado, tornando-se inimigo número 1 dos rizicultores. Quando os tabuleiros de arroz são enchidos de água é necessário inspeção diária, ao amanhecer e fechar os furos abertos pelos muçuns.

O exemplar da foto foi encontrado na estrada morto por algum agricultor, em Guaramirim (SC), próximo da RPPN Santuário Rã-bugio, em Guaramirim (SC). Na própria RPPN os muçuns já acabaram com 3 lagoas de procriação dos anfíbios. Desistimos de consertar de tantos furos que fizeram.

A noite, quando entra em atividade, tem o hábito de ficar com a cabeça e parte do corpo para fora da lama, mas submerso na água, como se fosse um pau espetado no fundo da lagoa. É difícil de ser capturado nestas condições devido a rapidez que se recolhe na lama e seu corpo ser extremamente liso devido à secreção de muco.

Durante os períodos de estiagem fica em meio à lama, onde sobrevive durante meses à falta de água, um fenômeno semelhante à hibernação, denominado estivação: o peixe fica num estado de latência, esperando condições favoráveis para sair da sua letargia.

Outro fato mais do que curioso é que essa espécie apresenta hermafroditismo, ou seja, os indivíduos apresentam órgãos sexuais femininos e masculinos, sendo que primeiro amadurecem os órgãos femininos, eles atrofiam e então amadurecem os masculinos. A esse processo dá-se o nome de hermafroditismo protogínico. O processo inverso é denominado hermafroditismo protândrico.

 
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